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sábado, 18 de setembro de 2010

Aprecie...

Depois de muito tempo sem publicar algo no blog, decidi compartilhar com aqueles que visitam esse espaço o meu primeiro trabalho da faculdade para este semestre.

INTRODUÇÃO

Adaptar-se as mudanças, ter empatia, tornar o ambiente favorável ao desenvolvimento, proporcionar desenvolvimento a locais sem estrutura, fazer do desafio um combustível para mover a máquina do conhecimento, estimular educadores, supervisores, coordenadores a trazerem para o cotidiano dos alunos e de suas famílias um presente que caminhe de mãos dadas com o futuro, buscando não somente a leitura e a escrita , mas sim a formação de cidadãos preocupados com a sociedade e que buscam a melhoria da mesma.

Este trabalho tem como principal objetivo relatar o papel político pedagógico do professor frente à realidade educacional brasileira, porém podemos ampliar esse papel para coordenadores, supervisores, orientadores para que dessa forma a escola participe como um todo deste projeto, para que com o desenvolvimento do mesmo, tenhamos atrelado a ele os alunos e suas respectivas famílias.

DESENVOLVIMENTO

Seria muito fácil iniciar este trabalho mostrando gráficos, relatando resultados de pesquisas, sensos e todos os tipos de dados sobre a realidade educacional da sociedade brasileira. Da mesma forma que temos estes dados á mão lendo jornais, revistas, acessando a internet, vendo na televisão, e justamente por meio destes que diariamente, mais ainda na atualidade com as campanhas eleitorais, que sabemos o quanto é importante uma mobilização de educadores, supervisores e orientadores para desempenharem um papel político pedagógico frente às dificuldades que são claramente apresentadas pelos alunos e seus familiares no dia a dia de suas atividades.

Mas qual seria este papel? A sociedade realmente deseja receber essas mudanças no âmbito educacional? Os educadores são capacitados ao longo da sua formação acadêmica para o papel político pedagógico? Saberiam os alunos absorverem os ensinamentos que ultrapassam o da leitura e da escrita, para desta forma exercerem um papel diferenciado perante a sociedade, seja ela do bairro onde moram, da pequena cidade que habitam, e de um modo mais amplo trazendo mudanças consistente para o seu país?

Tantas perguntas a serem respondidas que diante do material apresentado como fonte inicial deste trabalho, nos vídeos principalmente, fica nítido que a mudança pedagógica na sociedade não depende exclusivamente dos professores, tendo os alunos e os familiares, a população como um todo, a sua responsabilidade para que as propostas apresentadas sejam de forma coerente adotadas diariamente na vida de cada um.

Ao esclarecer o sentido da junção das palavras “político pedagógico” temos o político exercendo o compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade, seja a que ele vive, ou a que futuramente lhe será apresentada. O pedagógico por sua vez traz os educadores para realizarem essa tarefa, através do contato diário com os alunos. Dessa forma os professores podem sair de uma redoma em que somente devem ensinar, para uma amplitude em que a troca de conhecimento, experiências, e principalmente vivência, os tornam mais próximos dos alunos e identificam com mais facilidade as suas reais necessidades para que o ensinamento seja realizado com bases mais sólidas.

Para que o ensinante possa realmente ensinar deve estar capacitado para realizar esta tarefa, deve compreender que não está ali somente para ensinar, e que o seu aprendizado não encerra no momento em que conclui a faculdade, quando pega o seu diploma de conclusão, e que em sala de aula ele não aprenderá somente com os erros cometidos. Aprende se estiver aberto a repensar rever e aprender com novos conceitos, novas perguntas e pensamentos que por muitas vezes surgem por parte dos alunos.

Quando falamos dos professores, temos atrelados a eles todos aqueles que trabalham na instituição de ensino, coordenadores, orientadores, psicólogos, pedagogos, que devem trabalhar juntos, propondo novas formas de se aplicar os conteúdos programáticos, estimulando os alunos ao conhecimento, tornando o ambiente de estudo atrativo.

Seria simples se somente o que foi citado à cima mudasse a realidade educacional brasileira, fica fácil empregar esse projeto em locais em que toda a estrutura para que o ensino se desenvolva já está pronta, como por exemplo: a escola é próxima a residência do aluno, este por sua vez se dedica exclusivamente aos seus estudos, o ambiente escolar oferece toda uma estrutura para que ele assista à aula em carteiras confortáveis, e tenha acesso a novas tecnologias.

Na realidade em que vivemos, e a que realmente predomina os professores além de incentivarem os alunos a se interessarem pelo que está sendo lecionado, devem lidar com as adversidades dos locais onde a maioria dessas aulas são realizadas.

No vídeo “A Escola Serve pra que?” temos em diversos momentos um constante jogo de empurra para justificar de quem é a culpa de os alunos não aprenderem pelo menos o básico que é ler e escrever dentro das salas de aula. Alguns informam que a culpa é dos alunos que não se interessam em aprender, não apresentam bom comportamento e ainda tornam mais difícil a compreensão por parte daqueles que tem interesse em absorver o ensinamento passado.

Outros acham que o ensino deficiente está ligado aos professores que não são capacitados corretamente, e por isso não passam as lições de uma forma que os alunos compreendam. Além disso, não estão abertos a discussões educativas que visam estimular a mente dos alunos e aumentar o conhecimento dos professores. Atrelado a forma autoritária em que professor se torna superior a aluno em sala de aula e devido a essa postura se desvincula da vida social de seus alunos, o que por sua vez deve andar junto à vida educacional, já que sabemos o quanto problemas familiares influenciam no desenvolvimento pedagógico.

Não podemos esquecer que por muitas vezes a estrutura do local de ensino, não é favorável ao mesmo, apresentando espaço físico precário, falta de tecnologia, ou até mesmo ausência de um simples ventilador nas regiões mais quentes. O mais preocupante ainda é quando temos a ausência do principal contribuinte para essa formação, o Professor.

A participação efetiva do professor no papel político pedagógico está ligada diretamente na prolongação da educação além dos muros da escola, promovendo com isso a integração de educadores, alunos e familiares, gerando uma relação entre toda a sociedade do local que aquela escola atende.

Por muitas vezes algumas mudanças ou propostas apresentadas pelos educadores não são bem recebidas pelas famílias ou até mesmo pela sociedade, como é relatado no filme “Orquestra dos Meninos” em que muitas famílias preferem ver seus filhos ajudando no sustento da casa, do que aprendendo algo que pode ser utilizado em sua formação acadêmica. Este fato é comum em muitas cidades sejam metrópoles ou pequenas comunidades, em que a necessidade do sustento interrompe, adia ou até mesmo impede qualquer acesso a alfabetização.

Diante dessas barreiras é que o papel político pedagógico do professor é ainda mais necessário e difícil de ser empregado sem a ajuda coletiva, para que dessa forma todos possam colher os frutos de alunos sendo formados não para fazer parte de um gráfico em que a quantidade de alunos que completaram o ensino médio foi maior, ou que a taxa de analfabetos diminuiu, mas sim para somarem na sociedade em que fazem parte.

CONCLUSÃO

São inúmeros os obstáculos, a culpa da decadência do ensino é lançada nas costas de alunos, professores, educadores como um todo e principalmente nos governantes, mas a solução apresentada através do projeto político pedagógico parece não ser empregada como deveria, trazendo para a escola a vivência do aluno e levando para a vivência do aluno as lições da escola.

Para concluir esse trabalho trago uma frase dita no vídeo “A Escola Serva Pra Que?”: “Leitura dá sabedoria, Educação vem de berço, nasce com ela.” Não discordo da frase, mas tenho certeza absoluta que na realidade em que vivemos a escola não se resume somente a ensinar a ler e escrever faz parte da formação do ser humano, já que iniciamos a vida escolar cada dia mais cedo, e com isso o ambiente educacional está cada dia mais de encontro com a vida social do aluno e por esse motivo educa tanto quanto a família e a sociedade.

Um comentário:

  1. Olá!
    Você obteve nota neste trabalho?
    Também sou aluna do curso de Pedagogia da Estácio e estou aqui pesquisando para refazer o meu.
    Achei o seu trabalho muito bom e está de acordo com o que foi pedido, mas não sei se é o que a nossa professora quer.
    Parabéns!
    M.A. M. Silva (mamarfori@ig.com.br)

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